Polos de Ecoturismo
Amazônia, Pantanal, Cerrado e as magníficas praias do Vale Araguaia compõem os 906 mil km² de Mato Grosso. “Gigante pela própria natureza”, o Estado é um misto de energia, tradições, sabores e emoções. Apresentando vocação natural para o ecoturismo, tem imensa variedade de plantas e animais e diversifica seus atrativos com a pesca esportiva, patrimônio histórico, arqueológico e espeleológico, turismo rural, contemplativo, místico e esportes radicais.
Mato Grosso é rico ainda em tradições gastronômicas, artesanais e musicais em que se destacam manifestações como o Siriri, Cururu, Viola de Cocho, Dança dos Mascarados, Cavalhada, Curussé, Dança do Congo e Rasqueado.
Na culinária, saborosos pratos à base de peixe são servidos com a exótica culinária pantaneira que utiliza também a carne de jacaré, preparada como manda a tradição nas aldeias indígenas da região. Maior produtor da oleaginosa, o Estado insere a soja na alimentação cotidiana e em sofisticados cardápios para festas e eventos técnicos, científicos, comerciais .
A Amazônia Mato-grossense
Planeta verde, explosão de biodiversidade!
O Norte de Mato Grosso é coberto em grande parte pela vasta e misteriosa Floresta Amazônica.
De um total de 5,1 milhões de Km² da mais exuberante mata de todo o planeta, 550 mil Km² estão em território mato-grossense. A floresta possui uma das maiores concentrações de matéria viva por metro quadrado no mundo. Grandes rios que nascem no Estado integram a Bacia Amazônica.
Roosevelt e Rondon
Parte dos encantos desta região começou a ser divulgada internacionalmente nos idos de 1913, quando o Marechal Cândido Rondon, Patrono das Comunicações, convidou Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, para uma expedição pelo rio Teles Pires. A selva é cortada por muitos rios e ostenta uma incrível diversidade. Nesta expedição, Roosevelt e Rondon percorreram 3 mil quilômetros de rios amazônicos, passando ao longo de várias corredeiras e cachoeiras.
Em maio cessam as chuvas, mas o nível das águas continua alto, exibindo a força e a beleza de sua vegetação.
Corredeiras e águas cristalinas
No Rio Xingu destacam-se as corredeiras da Paz e das Pedras e a cachoeira Von Martius. No rio Teles Pires, as cachoeiras 5 de maio e 13 de maio. Na Chapada dos Parecis nasce o rio Juruena, que corre paralelo ao Teles Pires rumo à região Norte, e no encontro deles forma-se o exuberante Rio Tapajós. Outro rio que se destaca pela transparência de suas águas é o Cristalino. Vale a pena enfrentar as suas corredeiras e cachoeiras para viver a aventura de contemplar o cenário da natureza bruta da Amazônia Mato-grossense.
Amazônia, uma explosão de biodiversidade, encanto dos turistas e cientistas do mundo inteiro. Aí já foram identificadas 30 mil espécies de plantas. Possui grande variedade de primatas, jacarés, aves, roedores, sapos, peixes de água doce, lagartos e insetos. Só de mamíferos já estão catalogadas mais de 300 espécies.
Hoje se trabalha o ecoturismo na Amazônia Legal,da qual Mato Grosso faz parte, de forma mais racional, baseado em estudos técnicos, pesquisas e propostas. Este trabalho vem sendo desenvolvido com os povos indígenas e comunidades locais, tendo como principal objetivo o desenvolvimento sustentável.
Existem iniciativas independentes por parte de algumas associações indígenas que, seguindo modelos de outras nações, começam a se estruturar para receber visitas em festividades tradicionais. É grande a população indígena, dividida em diversas etnias, que vive em Mato Grosso. Na Amazônia Legal vivem 98% dos índios do Brasil.
Pantanal
Paraíso Ecológico
Um bioma único em uma das regiões mais fascinantes do planeta, o Pantanal foi declarado pela Unesco “Reserva da Biosfera” e “Patrimônio Natural da Humanidade”. São 230.000 Km² de vida silvestre, dos quais grande parte está dentro de Mato Grosso, onde nasce e se forma.
Nesta área está o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, criado em 24 de setembro de 1981.
Balé das Águas
O vasto Pantanal Mato-grossense é a maior planície alagável do mundo, formada pela Bacia do Rio Paraguai e pelo regime cíclico das águas. Este fenômeno, repetido há milhões de anos, transformou o Pantanal em um complexo único - a maior superfície úmida do planeta - abrigando uma das maiores reservas ictiológicas da América do Sul. O transbordar das águas se processa entre dezembro e maio, obrigando os animais a buscar as áreas mais elevadas do terreno (cordilheiras).
Em maio cessam as chuvas, mas o nível das águas continua alto, exibindo a força e a beleza de sua vegetação.
Baías e Ninhais
A partir de junho, as águas começam a baixar. É a vazante. As águas vão voltando lentamente para o leito dos rios e muitos peixes ficam presos em lagoas e baías, tornando-se presas fáceis para os pássaros e outros animais. Com esta fartura de alimentação, as aves, em especial, garantem a fonte necessária para manter o ciclo da reprodução. Surgem os ninhais, explosão da vida selvagem. Aves de todos os tamanhos e espécies, centenas, milhares.
O Pantaneiro
Convivendo muito bem com o balé das águas, o homem pantaneiro preserva suas tradições, mantendo-se da pecuária extensiva e mais recentemente do turismo ecológico que tem transformado grandes fazendas em pousadas
Cerrado
Esportes radicais e esoterismo
No centro do Estado, beleza e misticismo se misturam entre árvores retorcidas, cachoeiras e montanhas. É o Cerrado.
A primeira impressão é de uma paisagem agreste, com árvores de pequeno porte e retorcidas, em terrenos aparentemente áridos e sem vida.
No entanto, o Cerrado é um dos biomas mais importantes do Brasil. É o berço das águas, pois é no subsolo do Cerrado que brotam os rios que dividem três das principais bacias hidrográficas do país: Platina, Amazônica e Tocantins. Sua flora, com mais de 10 mil espécies de plantas diferentes, destaca a beleza exótica e a riqueza medicinal.
Nesta vastíssima região encontram-se cavernas, grutas, corredeiras, cachoeiras e muitas trilhas. Sítios arqueológicos já foram cadastrados pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico Nacional em cidades como Chapada dos Guimarães, Rosário Oeste, Jaciara, Barra do Bugres, Poxoréo, Dom Aquino, Arenápolis e Nortelândia.
Araguaia
Mistérios e muita emoção!
Planície alagada por rios volumosos com extensas praias fluviais, grandes áreas de Cerrado e parte de Floresta Amazônica. O Araguaia abriga os ecossistemas do Cerrado e da Floresta Amazônica. Há diferentes paisagens no local, do campo à floresta tropical. A diversidade dos ecossistemas protegidos pelo Parque Nacional do Araguaia atrai biólogos, ornitólogos e outros pesquisadores de fauna e flora da região.
Para os turistas, emoção na pesca esportiva, esportes radicais, grutas e cavernas, onde místicos do Brasil e exterior se reúnem e promovem rituais em busca de passagens para outra dimensão.
O Vale do Araguaia ganhou este nome por causa do grande rio Araguaia que nasce próximo ao Parque Nacional das Emas, mais precisamente na Serra do Caiapó. Em seu trajeto para o Norte, serve de limite entre os Estados de Goiás e Mato Grosso. Em toda sua extensão, cerca de 2.115 Km, drena inúmeras regiões agrícolas e pastoris. Seus principais afluentes são os rios das Mortes e Garças, definindo o Baixo, Médio e Alto Araguaia. A região do Alto Araguaia vai da nascente até Barra do Garças, abrangendo 450 Km.
O Médio Araguaia corta de Barra do Garças a São Félix do Araguaia.
E o Baixo Araguaia segue do rio Araguaia completando seu percurso com mais 160 Km entre São Félix do Araguaia e o rio Tocantins, formando assim uma das maiores bacias hidrográficas do país.