A produtora holandesa Endemol, criadora do programa "Big Brother", comemorou o que vê como sucesso da última edição brasileira, encerrada na terça-feira, e prevê uma vida longa para o formato do reality show em todo o mundo, apesar das críticas que o vêem como desgastado.
A final da 10ª edição do "Big Brother Brasil" teve, segundo a rede Globo, o recorde mundial no número de votos do público para um programa do tipo - 154 milhões, mais de três vezes superior ao número de votos da final da edição anterior.
Apesar disso, as finais da 9ª e da 10ª edição ficaram empatadas como as de menor audiência na história do programa - 41 pontos no Ibope.
Ainda assim, o diretor global de comunicações da Endemol, Charlie Gardner, considera que os resultados mostram que o formato continua a ser um sucesso em todo o mundo e tem o potencial para ser mantido por muito tempo.
“O sucesso do programa no Brasil é uma notícia bastante estimulante para nós”, disse Gardner à BBC Brasil. “Mas é mais uma indicação de que a fórmula continua a fazer sucesso em várias partes do mundo”, disse.
Ele cita a versão americana, por exemplo, cuja 11ª edição, exibida pela rede CBS, foi campeão de audiência na TV americana, com quase 7 milhões de espectadores – entre 20% e 90% a mais que os principais competidores da CBS.
As versões italiana, espanhola e israelense também são citadas por Gardner como campeãs de audiência. No ano passado, o programa teve 28 produções exibidas em 67 países diferentes.
Desgaste
As análises otimistas da Endemol contrastam com a visão de muitos críticos de TV e especialistas, para quem o formato está desgastado e não deve durar muito.
Na Grã-Bretanha, por exemplo, o Channel 4, que exibe o programa, anunciou que a 11ª edição, que irá ao ar no meio do ano, será também a última. Em janeiro, também foi ao ar a última edição da versão do programa com famosos, o "Celebrity Big Brother", em sua 7ª edição.
“Será que alguém ainda está acompanhando esse formato desgatado?”, questionou o crítico de TV Mark Lawson, do jornal "The Guardian", em um artigo no ano passado poucas semanas antes de o Channel 4 anunciar o fim do programa.
Fonte: BBC Brasil
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