Empresários, políticos, profissionais liberais (da saúde e do Judiciário) estão cada vez mais se utilizando desse importante meio de transporte que está a cada dia mais acessível para compra
Talvez você não saiba, mas Mato grosso tem a segunda frota de aviões executivos do país. E por isso se destaca no cenário da aviação. As imensas dimensões do Estado, as precariedades das rodovias e, principalmente, a velocidade – para não dizer pressa – com que as coisas se desenrolam colaboram para o incremento desse segmento econômico. Embora erroneamente seja visto por alguns como um símbolo de mordomia, o avião executivo é peça fundamental no desenvolvimento de qualquer região do mundo, pois significa uma excelente ferramenta de trabalho.
Empresários, políticos, profissionais liberais (da saúde e do Judiciário) estão cada vez mais se utilizando desse importante meio de transporte. Uma inteligente política fazendária tem tornado ainda mais acessíveis a importação e aquisição de aeronaves, aliadas ao próprio crescimento da atividade comercial do setor, o dólar acessível e um mercado em crise (Estados Unidos). Tudo isso somado tornou o mercado mais atraente. Outra tendência observada: é cada vez mais frequente a operação dos aviões ser realizada pelo seu próprio dono.
O avanço da tecnologia, a partir dos glass cookipt, GPS e aparelhos detectores de mau tempo, tem propiciado um grande incremento aos pilotos operadores, desmitificando a arte de pilotar aviões. Nunca foi tão fácil voar. Orgulho nacional, a Embraer, nascida do sonho do verdadeiro e legítimo patrono da aviação nacional, o brigadeiro Casimiro Montenegro Filho, tem conquistado os mercados de aviões a jato executivos no mundo afora. Seus jatinhos Phenom 100 e 300, financiados em até 10 anos pelo BNDES, têm praticamente toda a produção vendida, ao contrário dos tradicionais fabricantes americanos, com raras exceções.
A Cessna e sua incrível família Citation têm batido os recordes de venda no país. A fabricante americana Cirrus, monomotor de alta performance de quatro lugares, já vendeu mais de 200 unidades aqui. Outra tendência é a importação dos usados, dos clássicos Beech, Cessna e Piper, sejam eles os venerados Bonanza, Baron e King Air pela Beech ou Cheynnes e família Cherokes pela Piper. Ou mesmo os asas altas da Cessna.
Precisaríamos mesmo é de uma Anac mais simplificada e sem burocracia. Aeroportos pavimentados, balizados e controlados para operação noturna ou IFR, para incrementar mais esse importante segmento empresarial, sem contar, é claro, com o aumento de segurança de toda comunidade que utiliza aviões. O que não pode passar despercebido é o preço absurdo do combustível cobrado pela BR no Brasil.
Fonte: Revista Ünica
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