Maior e mais populosa urbe da África do Sul, Joanesburgo tem mais de 3 milhões de habitantes e muito para ser desvendado entre seus intimidadores arranha-céus. Espaços verdes quebram a monotonia do cinza do concreto em vários parques espalhados pela cidade. Entre os mais procurados, há o Joubert, também o mais antigo; a Reserva Natural Melville Koppies – refúgio de pequenos animais como camaleões e tartarugas, ainda possui um campo da Idade da Pedra composto de artefatos com mais de 50 mil anos –; e o The Wilds, aberto para o público em 1938 e que guarda preciosidades da flora indígena sul-africana; além do Johannesburg Zoo, que ocupa 54 hectares e abriga mais de 2 mil animais, representantes de 365 espécies.
É verdade que “Joburg”, como costuma ser chamada, não possui grandes belezas naturais, mas ostenta o status de locomotiva econômica do país. Cosmopolita, tem vasta rede hoteleira, principalmente por conta do turismo de negócios, luxuosos shoppings e restaurantes e atrações culturais para todos os gostos.
Para aumentar a interação com a história da África do Sul durante a estadia, uma boa opção é o Museu do Apartheid. Ele ocupa aproximadamente 6 mil metros quadrados e tem como tíquete de entrada um cartão plástico que segrega os visitantes em brancos e não-brancos, tornando o passeio uma experiência mais intensa. Enormes grades de ferro, fotos, filmes, objetos, jaulas e armas, entre outras surpresas, compõem o interior das salas.
Numa combinação de tecnologia e arte, o Origins Centre foi aberto em 2006 e pode ser uma pedida interessante para quem questiona a procedência humana. Dedicado às nossas origens, o museu oferece uma jornada ímpar pelo passado rico e complexo da África e leva os turistas a uma viagem de 80 mil anos de descobertas.
A cidade que atraiu multidões em 1886 por causa da corrida pelo ouro abriga um parque de diversão sobre o tema, o Gold Reef City, construído em uma antiga mina do precioso metal dourado. Ali, um cassino faz parte dos atrativos, especialmente para os adultos que sonham em ganhar riquezas.
Aos adeptos de adrenalina, a metrópole é ponto de partida para práticas radicais – desde alpinismo até balonismo. E, por falar em esporte, Joburg receberá 15 dos 64 jogos da Copa de 2010 e é a única cidade a ter dois estádios para sediar as disputas, Soccer City e Ellis Park.
Soccer City, o maior estádio africano
Formalmente conhecido como FNB Stadium, este campo esportivo foi construído em 1987 e, depois de ser totalmente reformado para a Copa do Mundo, é o maior da África e comporta mais de 94 mil torcedores. Na sua construção, foram utilizados 65 mil m³ de concreto, o equivalente a 26 piscinas olímpicas cheias.
A arena foi sede do primeiro grande comício de Nelson Mandela após sua libertação em 1990, e o seu design, inspirado em conceitos como a cerâmica tradicional africana, o mapa da África, em uma representação horizontal, e a protea, flor nacional.
A inauguração oficial ocorrerá no dia 3 de março, com uma partida entre a seleção da casa e outra equipe africana ainda não definida. Situado no bairro de Soweto, símbolo da luta contra a segregação racial, o estádio receberá o jogo de abertura da Copa 2010 entre África do Sul e México, e a final, que será disputada no dia 11 de julho, além de outras partidas durante o torneio.
Ellis Park, do rúgbi ao futebol
O estádio já recebeu a final da Copa do Mundo de Rúgbi de 1995, e uma partida entre sul-africanos e estrelas mundiais em homenagem ao então presidente Nelson Mandela. Construído em 1928 para a prática do rúgbi, mais tarde o Ellis Park foi demolido e reconstruído em 1982.
Seu nome popular é Coca Cola Park e a área que hoje ocupa era um depósito de lixo, até 1927, quando foi identificada como uma alternativa possível para comportar uma arena esportiva. Erguido em oito meses, tem um episódio triste em seu passado. Em 2001, durante um jogo entre Kaizer Chiefs e Orlando Pirates, 30 mil torcedores tentavam entrar no estádio já lotado, empreitada que resultou na morte de 43 pessoas.
Com 62 mil assentos, o estádio também conta com áreas VIPs, acesso para portadores de necessidades especiais, sistema audiovisual para manter os torcedores informados, entre outras inovações para receber os jogos de 2010.
Fontes: site da FIFA, joburg.org, Estadão.
[Redação MTur na Copa 2014]
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