O ministro do Turismo, Luiz Barretto, afirmou recentemente na Câmara Federal, que o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) deverá anunciar nas próximas semanas, um programa para ampliar a rede hoteleira nacional. A abertura desses créditos deverá ajudar na ampliação da capacidade hoteleira das 12 cidades sede da Copa de 2014. Algumas delas, como Cuiabá, Belo Horizonte e Manaus, oferecem hoje menos leitos que o exigido pela Federação Internacional das Associações de Futebol (FIFA).
As informações foram divulgadas pelo ministro durante o 11º Congresso Brasileiro da Atividade Turística (Cbratur). Ele disse ainda que o País precisa ter humildade para aprender com as experiências de outros países e precisa, sobretudo, tomar cuidado para não repetir os erros cometidos durante a preparação para os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, em 2007. “Precisamos ter muito claro quais tarefas precisam ser executadas por cada uma das esferas de governo”, afirmou.
Segundo Barretto, o turismo nacional deve crescer de 60% a 70% até 2016. Mas, para isso, é preciso vencer uma agenda apertada. Os principais desafios, na avaliação do ministro, são a mobilidade urbana, as arenas esportivas, a qualificação profissional, incluindo o ensino de inglês e espanhol, e a situação dos aeroportos.
Aeroportos – O problema dos aeroportos também foi destacado por outros convidados. “Alguns (aeroportos) já estão à beira do caos e essas não são questões que possam ser resolvidas de um ano para outro. Com o crescimento do País, se novos investimentos em aeroportos não começarem logo, estaremos correndo muito risco”, alertou o deputado Silvio Torres (PSDB-SP).
Na opinião do secretário nacional de Futebol do Ministro dos Esportes, Alcino Rocha, a atual capacidade de aeroportos no País não daria nem para o deslocamento de brasileiros na Copa. “Imagine com todos os turistas”, disse. Rocha explicou que mesmo que mesmo quem está acompanhando os noticiários não tem noção completa das dimensões de uma Copa. “Nesses acontecimentos, um simples treino da seleção é acompanhado por mais de mil jornalistas”, exemplificou. Segundo ele, em 2006, a Alemanha recebeu um número recorde de 2 milhões de turistas. Enquanto a meta para a África do Sul (2010) é receber 500 mil visitantes, número igual ao recebido pela França (1998) e superior aos cerca de 400 mil turistas que visitaram a Coréia e o Japão (2002) e os Estados Unidos (1994).
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