O Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha localiza-se ao norte da ilha de Fernando de Noronha, no arquipélago de mesmo nome, no estado de Pernambuco, no Brasil.
Em posição dominante sobre o ancoradouro na baía de Santo Antônio, constituiu-se na principal estrutura de defesa da ilha e do arquipélago.


Antecedentes
Esta fortificação foi erguida sobre as ruínas de uma antiga posição neerlandesa (GARRIDO, 1940:56), remontando às vésperas da segunda das Invasões holandesas do Brasil, abandonada após a capitulação do Campo do Taborda (Recife) em 1654 (ver Fortificações na Ilha de Fernando de Noronha). Dessa primitiva estrutura existe planta ("Planta da fortaleza velha de Fernando de Noronha", s.d.. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa) (IRIA, 1966:64).

O forte setecentista
A ilha foi ocupada por forças da Companhia Francesa das Índias Ocidentais sob o comando do Capitão Lesquelin, em fins de 1736, desalojadas sem resistência por tropas portuguesas sob o comando do Tenente-coronel João Lobo de Lacerda no ano seguinte (6 de Outubro de 1737) (SOUZA, 1885:81). Sobre os remanescentes da antiga posição neerladesa que defendia o ancoradouro, estas tropas iniciaram a construção do chamado Forte dos Remédios, com risco do Engenheiro militar Diogo da Silveira Veloso, sob a direção do próprio Tenente-coronel João Lobo de Lacerda. Em alvenaria de pedra e cal, a sua planta recebeu a forma de um polígono irregular orgânico com quatorze ângulos (nove salientes e cinco reentrantes), quatro edificações ao centro do terrapleno e baterias corridas, à barbeta. Acredita-se seja desse período a planta sem data, intitulada:

"Planta do Forte de Nossa Senhora dos Remédios na ilha de Fernando de Noronha, em um alto bastantemente elevado, em que se acharam vestígios da antiga fortificação; é este sítio todo cortado a pique, e inacessível por toda a parte, com um só passo estreito por onde se sobe a ele; não admite outra forma de fortificação em razão de sua irregularidade; (...) os vestígios que se acharam da fortificação antiga, são de obra mais restrita. Achou-se também neste sítio, um armazém de abóbada subterrâneo, de pólvora, enxuto (...)" (AHU, Lisboa) (IRIA, 1966:64).

Esta estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em seu terrapleno distribuíam-se os edifícios do Quartel de Comando, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Arrecadação, Casa da Pólvora e Cisterna. Ao abrigo das muralhas, distribuíam-se os calabouços, subterrâneos. O conjunto era acessado por um portão monumental, de cantaria (GARRIDO, 1940:56). Encontrava-se guarnecida, à época, por um Capitão e trinta e dois praças, e artilhada com seis peças de diferentes calibres (BARRETTO, 1958:127). Estas obras encontram-se indicadas em plantas posterior, sem data, onde já figura a torre circular que atualmente domina o conjunto ("Fortaleza de N. Sra. dos Remédios. Escala de 200p". in: Manuscritos do Brasil, nº 43, f. 633. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa).

Um mapa inglês da ilha de Fernando de Noronha (Londres, 1793. apud SECCHIN, 1991:10-11), exibe o Forte dos Remédios junto à primitiva povoação, constituída pela Casa do Governador, a Capela e Quartéis, dominando a enseada e a praia do Cachorro. A sua defesa era complementada pelo Reduto de Nossa Senhora da Conceição de Fernando de Noronha, que lhe era oposto na enseada, e com quem cruzava fogos. Do mesmo período existe também planta, de autoria de José Fernandes Portugal, datada de 1798.



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